Com o rompimento do teto da Mina 18 da Braskem em Maceió, na tarde do último domingo (10), o equipamento que era usado para monitorar o ritmo de afundamento do solo em Maceió foi danificado e não mais emite sinais para mostrar a extensão do problema.
"No que se refere ao deslocamento vertical do terreno, informamos que os dados que estavam sendo utilizados para análise da velocidade não estão mais disponíveis desde as 14h42 de hoje (10/12/23), devido a perda de sinal do DGNSS Mina20, conforme já informado por contato por telefone", disse a Braskem em comunicado enviado à Agência Nacional de Mineração (ANM).
O sensor em questão era denominado "Mina20", por ficar próximo também a uma cavidade vizinha à mina que cedeu.
A Braskem informou que possui um total de 76 dispositivos DGNSS (Sistema Global de Navegação por Satélite Diferencial, em inglês) para monitorar a área onde a empresa tinha operações em 35 minas de extração de sal-gema.
Até a manhã de domingo, o afundamento acumulado era de 2,35 metros em um intervalo de três semanas, segundo o jornal O Globo.
CASO BRASKEM MACEIÓ
Desde o dia 28, a mina estava em iminente risco de colapso, embora, até o momento, as autoridades tenham indicado que foi a parte superior, não a cavidade como um todo, que cedeu.
A partir da noite do dia 30 de novembro, a Defesa Civil de Maceió entrou em estado de alerta máximo devido ao iminente perigo de colapso.
O órgão orientou a restrição da circulação de pessoas e embarcações na lagoa adjacente à área afetada, que foi evacuada devido ao afundamento do solo causado pela atividade de mineração.
MINA BRASKEM MACEIÓ
No último domingo, dia 10, a mina 18 da Braskem, localizada no bairro Mutange em Maceió, sofreu um rompimento.
O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, divulgou nas redes sociais o exato momento desse incidente.
"Às 13h15 de hoje, a mina 18 sofreu um rompimento, no trecho da lagoa próximo ao Mutange. Estarei em instantes sobrevoando a área com os nossos técnicos. A Defesa Civil de Maceió ressalta que a mina e todo o seu entorno estão desocupados e não há qualquer risco para as pessoas. Novas informações sobre o assunto estão sendo obtidas e serão compartilhadas assim que possível", escreveu o prefeito.
O órgão mencionado refere-se a uma mina composta por cavernas que foram criadas pela extração contínua de sal-gema ao longo de várias décadas.
No entanto, essas cavernas estavam sendo preenchidas desde que o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) confirmou que a atividade da Braskem foi responsável pelo fenômeno ocorrido naquela região.