O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reunirá com o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), e outros representantes para falar sobre o caso Braskem, que resultou no afundamento do solo em Maceió.
O encontro, marcado para as 9h30, em Brasília, visa discutir os impactos causados pela empresa na região, especialmente após o colapso da mina 18, no bairro do Mutange.
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REUNIÃO SOBRE CASO BRASKEM EM MACEIÓ
Além do presidente Lula, estarão presentes na reunião o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), e os senadores Renan Calheiros (MDB), Rodrigo Cunha (Podemos) e Fernando Farias (MDB).
A audiência foi solicitada pelo prefeito JHC à Secom de Maceió, e ambos, governador e prefeito, encontram-se em Brasília desde a segunda-feira (12), buscando apoio da bancada e dos ministérios para enfrentar os desafios provenientes dessa situação.
Nas redes sociais, o prefeito de Maceió comunicou a viagem à capital federal. “Acabo de embarcar para Brasília atendendo a um pedido do presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira. Vamos encontrar representantes do Governo Federal para trazer auxílio a Maceió. O trabalho não espera e a gente tem pressa para ajudar as pessoas”, disse.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO EM MACEIÓ?
Desde a noite do dia 30 de novembro, a Defesa Civil de Maceió estava em estado de alerta máximo devido ao iminente risco de colapso.
O órgão recomendou a restrição da circulação de pessoas e embarcações na lagoa próxima à área afetada, que foi evacuada devido ao afundamento do solo ocasionado pela atividade de mineração.
No último domingo (10), a mina 18 da Braskem, situada no bairro Mutange em Maceió, rompeu.
O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, compartilhou nas redes sociais o momento exato desse incidente.
"Às 13h15 de hoje, a mina 18 sofreu um rompimento, no trecho da lagoa próximo ao Mutange. Estarei em instantes sobrevoando a área com os nossos técnicos. A Defesa Civil de Maceió ressalta que a mina e todo o seu entorno estão desocupados e não há qualquer risco para as pessoas. Novas informações sobre o assunto estão sendo obtidas e serão compartilhadas assim que possível", escreveu o prefeito.
O órgão mencionado refere-se a uma mina composta por cavernas que foram criadas pela extração contínua de sal-gema ao longo de várias décadas.
No entanto, essas cavernas estavam sendo preenchidas desde que o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) confirmou que a atividade da Braskem foi responsável pelo fenômeno ocorrido naquela região.