HIV/AIDS

Entenda a diferença entre HIV e Aids, alguns mitos sobre o vírus e conheça famosos que são soropositivos

Apesar dos avanços na ciência, ainda existem alguns preconceitos e tabus sobre pessoas que vivem com HIV e Aids

Cadastrado por

Leonam Souza

Publicado em 09/11/2023 às 8:38 | Atualizado em 08/05/2024 às 12:00
A fita vermelha é o símbolo da luta contra o HIV e a Aids - Pexels

No ano de 1988 a ONU fundou o Dia Mundial da Luta Contra a AIDS. A data escolhida para representar a luta e a importância dos esforços para acabar com a epidemia foi o dia 1º de dezembro.

O objetivo das agências da ONU alertar e conscientizar a população sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, fazer as pessoas serem ouvidas e mostrar aos governos que o HIV ainda não desapareceu.

Com a fita vermelha, símbolo universal de conscientização, é possível mostra solidariedade e disposição para lutar ao lado das pessoas que vivem com HIV. A doença ainda não tem uma cura, mas avanços nos tratamentos já podem ser observados.

O tratamento do HIV no Brasil é considerado um dos melhores do mundo, por oferecer medicamentos de forma acessível e ter as campanhas de prevenção, lideradas especialmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Mitos sobre o vírus do HIV

Apesar dos avanços na ciência, ainda existem, na sociedade, alguns preconceitos e tabus sobre o HIV e Aids. Por isso, confira uma lista de mitos que precisam ser desmitificados sobre o assunto:

Entenda a diferença entre HIV e Aids

O HIV foi descoberto na década de 80, a sigla vem do inglês "human immunodeficiency virus", ou seja, "vírus da imunodeficiência humana". Já a Aids vem de "Acquired Immunodeficiency Syndrome", cuja tradução é "Síndrome da Imunodeficiência Adquirida".

A diferença é que o HIV é o vírus, e a Aids é a doença que se desenvolve em que se infecta com o vírus mas não busca tratamento. Confira mais informações no vídeo do infectologista Ricardo Vasconcelos para o canal Doutor Ajuda:

Famosos que vivem com o HIV e Aids:

Hoje em dia, muitas celebridades falam abertamente sobre a doença afim de usar suas plataformas para alertas a populações sobre a importância da prevenção e/ou tratamento do HIV.

Confira alguns famosos que vivem com a síndrome, e ajudam a levar informação aos seus públicos.

Conchita Wurst

A cantora e drag queen austríaca assumiu em 2018, via redes sociais, ser portadora do vírus HIV.

No texto, ela explica que estava vindo à público após chantagem de um ex-namorado que queria expor sua condição. Por isso, Conchita Wurt preferiu tornar público o seu status.

Na ocasião, ela revelou que já se trata há anos e que esperava que seu anúncio ajudasse a diminuir o preconceito com relação aos portadores de HIV.

Charlie Sheen

O ator norte-americano astro da série “Two and a Half Men” revelou em 2015 que descobriu o diagnóstico em 2011.

Na entrevista, Charlie Sheen disse que não tinha revelado para todas as suas parceiras ser HIV positivo, mas que nunca deixou de usar proteção nas suas relações sexuais. "Nenhuma pessoa foi infectada", afirmou o astro.

Magic Johnson

Hoje, aos 62 anos, o ex-jogador de basquete americano revelou ser HIV positivo em 1991. Segundo Magic Johnson, os avanços da medicina e seus cuidados diários com a saúde ajudam a sua convivência por mais de 30 anos com a doença.

Atualmente, o astro é um dos mais ferrenhos militantes da causa, dizendo ter se comprometido a ser “o rosto do HIV no mundo

“HIV mudou minha vida. Em 1991, as pessoas consideravam a doença uma sentença de morte. A minha esposa e minha família foram o meu maior suporte, sem eles eu não estaria aqui hoje”, disse o atleta em 2020.

Jonathan Van Ness

O cabeleireiro, ator e apresentador revelou ter descoberto ser HIV positivo aos 25 anos. A descoberta aconteceu depois dele ter desmaiado durante o trabalho em um salão de beleza e precisou passar por alguns exames.

“Esse dia foi tão devastador quanto você imagina que pode ser”, disse o astro de “Queer Eye” ao New York Times. Em 2019, aos 32 anos, van Ness escreveu em seu Instagram que se considera “um membro da maravilhosa comunidade HIV positiva”.

Leandro Buenno

O ex-participante do The Voice 2014 falou sobre ser homossexual e soropositivo em suas redes sociais e os preconceitos que têm sofrido.

“Ser gay e HIV+ num pais que trata ambos os assuntos de forma tão distante e pejorativa, não e assim tão fácil. Pertenço a um grupo que aparenta sempre ter que viver atrás de um muro, tendo que medir as palavras, os trejeitos, omitir pra ser ‘aceito’ e tentar se encaixar no que aparentemente e o ideal”, disse Leandro Buenno, na ocasião.

"O maior vírus que enfrentamos hoje e o da ignorância, e assim como o HIV ele também não tem cara, nem escolhe orientação sexual".

Alberto Pereira Jr.

O jornalista e ator, apresentador do programa Trace Tends, da Rede TV!, é soropositivo desde 2009, revelou em 2019.

Este ano, em entrevista ao Estadão, Alberto Pereira Júnior explicou que contar ao público sobre sua doença foi como “sair do armário pela segunda vez”.

Alberto realizou uma performance em um workshop de arte contemporânea.

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“Sentei em um banco de uma praça, com uma placa ao lado revelando meu status HIV positivo e convidei o público a ressignificar a imagem preconcebida de um corpo positivo!", declarou Alberto.

"No começo fiquei com medo. Depois de um tempo sem ninguém me tocar, uma senhora parou, leu o que estava escrito na placa e me deu um sorriso acolhedor. Se aproximou e me tocou. Aí percebi que estava no caminho certo”, contou.

Billy Porter

Astro da série “Pose”Billy Porter revelou em 2021 ser HIV positivo há 14 anos. O ator contou que demorou muitos anos para contar sobre seu diagnóstico porque o meio que vive é muito preconceituoso e a AIDS é tratada como um “castigo divino”.

"Há 14 anos convivo com essa vergonha em silêncio. HIV-positivo, de onde venho, uma igreja pentecostal com uma família muito religiosa, é o castigo de Deus", afirmou.

Na série “Pose”, seu personagem também é diagnosticado com HIV e isso o ajudou a pensar mais sobre sua própria condição e como trazê-la a público.

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O ator afirma que o momento de isolamento social o ajudou a refletir sobre tudo. "Estou no momento mais saudável de toda a minha vida. Então é hora de deixar tudo isso ir e contar uma história diferente", revelou.

"Não há mais estigma - vamos acabar com isso. Está na hora. Eu tenho vivido isso e tive vergonha por tempo suficiente", completou.

*Com informações da UNAIDS.

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