Caso Liana Friedenbach e Felipe Caffé: Documentário revela cativeiro em que Champinha manteve Liana presa
Descubra tudo o que aconteceu com Liana Friedenbach e Felipe Caffé

Está disponível no streaming do PlayPlus o nono episódio do Doc investigação, que revela o assassinato de Liana Friedenbach e Felipe Caffé, cometido pelo então menor Champinha (na época com 16 anos) e seu bando.
O episódio foi liberado neste domingo (25). Após pouco mais de 20 anos do crime, a equipe do Doc Investigação retorna à região onde tudo ocorreu e refaz os passos dos adolescentes e os trajetos do criminoso.
A repórter Thais Furlan, acompanhada por um guia local, consegue chegar ao cativeiro em que Champinha manteve Liana presa, antes de acabar com a vida da menina.
“Nenhuma equipe de jornalismo esteve aqui antes, nem a polícia”, diz Arnaldo Candide, guia e morador da área, enquanto acompanha Thais por uma trilha fechada, com muitos obstáculos, até chegar ao ponto onde o psicopata se escondia.
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O que aconteceu?
Em novembro de 2003, Felipe, 19 anos, e Liana, 16, decidiram acampar em Embu-Guaçu, uma área rural na Grande São Paulo.
No entanto, o que deveria ter sido um final de semana dos sonhos se transformou em um pesadelo quando Champinha e Pernambuco abordaram o casal ameaçadoramente.
Em um ato de desespero, Liana implorou para que os criminosos não os matassem, mencionando que seu pai tinha dinheiro e poderia pagar um resgate.
Os bandidos se interessaram pela ideia e levaram o casal para um cativeiro, onde começou o tormento dos jovens namorados.
Os criminosos foram cruéis, estuprando Liana, enquanto Felipe, no quarto ao lado, era obrigado a escutar tudo.
“Ela foi violentada e estuprada pelo Champinha e pelo Pernambuco. Eles se revezaram com relação a Liana,” afirma o Procurador de Justiça, Norberto Joia.
No programa Doc Investigação, Thais Furlan retorna à casa onde os jovens enfrentaram a primeira noite de terror, mostrando o estado atual da propriedade.
Menos de 24 horas após o sequestro, Pernambuco executou Felipe com um tiro na nuca. Após o assassinato, o criminoso decidiu fugir.
Crueldade e violência
Champinha manteve Liana como refém e passou a cometer constantes abusos contra ela, levando-a pela região e apresentando-a como sua namorada. Descontrolado, ele também permitiu que seus colegas estuprassem a jovem.
“Ele foi extremamente cruel. Além de agredi-la fisicamente, ele a estuprou várias vezes ao dia. E ainda chamou seus comparsas para estuprá-la na frente dele. Chegou a um ponto em que Liana, após tantos abusos, pediu para ser morta,” revela a psiquiatra forense Hilda Morana à equipe do Doc Investigação.
Três dias após o sequestro, Champinha assassinou Liana com múltiplos golpes de facão.
“Ele passou a desferir os golpes de peixeira, freneticamente, nas costas, no peito. No primeiro golpe que atingiu o pescoço da Liana, ela teria se voltado de frente para ele e ele passou, então, a esfaqueá-la no tórax, pescoço, cabeça,” relata o ex-delegado Silvio Balangio Júnior.