Caso Daniel Alves: Daniel Alves foi preso! Confira a sentença e quanto tempo de prisão
A condenação do julgamento do ex-jogador Daniel Alves foi divulgado nesta quinta-feira
esta quinta-feira (22), a magistrada Isabel Delgado Pérez, da 21ª Seção da Audiência de Barcelona, sentenciou Daniel Alves a cumprir quatro anos e seis meses de detenção por agressão sexual.
Conforme a legislação espanhola, qualquer crime de natureza sexual é considerado uma forma de "agressão sexual". Apesar da decisão da juíza, ambas as partes têm a oportunidade de interpor recursos.
O atleta, de 40 anos, foi sentenciado a cumprir uma pena de 4 anos e 6 meses de prisão. Vale ressaltar que ele já está detido há um ano, então, daqui para frente, deverá cumprir apenas 3 anos e 6 meses, deixando a prisão em 2027, aos 43 anos.
Daniel Alves também recebeu uma condenação de cinco anos de liberdade condicional, a ser cumprida após o período de reclusão. Adicionalmente, foi proibido de se aproximar do local de trabalho e da residência da vítima, sendo obrigado a pagar 150 mil euros (R$ 805 mil) por danos morais e físicos, além de arcar com todas as despesas do processo.
Conforme a decisão do tribunal espanhol, ficou evidente que não houve consentimento. Uma parte da sentença divulgada pela justiça afirma: "O tribunal considera provado que o acusado agarrou abruptamente a denunciante, a jogou no chão e, impedindo-a de se mover, a penetrou pela vagina, apesar de a denunciante ter dito que não, que queria ir embora. E entende que isso caracteriza a ausência de consentimento, com o uso de violência, e acesso carnal".
Pedido de pena máxima
Durante o julgamento, a defesa da vítima pleiteava uma pena mais severa, pedindo a sentença máxima de 12 anos de prisão, enquanto a promotoria sugeria 9 anos.
Já a defesa de Daniel Alves, além de solicitar a absolvição do lateral, requereu dois atenuantes: intoxicação alcoólica e a reparação do dano através do pagamento de 150 mil euros (R$ 801 mil). A defesa do ex-atleta argumentou que uma investigação prévia foi realizada sem o conhecimento de Daniel Alves, violando assim o direito fundamental do acusado.
No entanto, segundo a sentença, "não foi comprovado em plenário o impacto que o consumo de álcool poderia ter tido nas faculdades volitivas e cognitivas do arguido".
Provas contra Daniel Alves
As evidências contra Daniel Alves incluem a identificação do seu DNA no corpo da vítima, confirmando o ato de penetração. Além disso, foi encontrado sêmen no banheiro onde ocorreu o incidente, confirmado como sendo do ex-jogador.
Apesar da ausência de lesão vaginal, um dos médicos envolvidos no processo confirmou a existência de lesões físicas, sendo uma delas no joelho, corroborando a versão da vítima de ter caído no chão durante a agressão.
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Uma especialista em psicologia afirmou que a vítima está sofrendo de estresse pós-traumático, mencionando que ela entra em pânico ao ouvir alguém falando em português.
A imprensa não teve acesso aos vídeos da boate exibidos durante o julgamento, mas teve a oportunidade de ouvir os áudios, nos quais foi possível identificar uma mulher chorando, de acordo com informações do GE.