O que acontece com nossa saúde mental quando se para de comer carne?

O número de brasileiros que opta por uma alimentação sem carne está crescendo. A constatação foi feita por um levantamento da Ipsos para o programa EscolhaVeg, conduzido pela ONG MFA (Mercy For Animals).

Essa mudança, embora traga uma série de questões sobre a saúde física e mental, não se configura, por si só, como um fator de proteção para doenças mentais, segundo especialistas.

O consumo excessivo de carne, especialmente a vermelha e processada, está associado a inúmeros problemas de saúde, desde riscos de câncer até desequilíbrios hormonais.


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Porém, não é possível afirmar que as dietas vegetarianas ou veganas tenham um papel direto na proteção contra doenças mentais, explica Lucas Alves Pereira, psiquiatra do Hospital Português, em Salvador, em entrevista ao UOL.

Pereira destaca a importância dos nutrientes presentes nas proteínas de origem animal, como a vitamina B12, zinco e ferro, cuja deficiência prolongada pode agravar sintomas depressivos e impactar a função cerebral.

Embora a escolha de diminuir ou eliminar a carne da dieta seja válida, é imprescindível garantir uma alimentação equilibrada, fornecendo todos os nutrientes essenciais ao organismo.

Consultas médicas regulares para verificar deficiências nutricionais são recomendadas, especialmente para pessoas com condições específicas, como anemia ou transtornos.

A transição alimentar precisa ser gradual e planejada, com o suporte de uma rede de apoio e a busca por informações confiáveis.


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Afinal, enfrentar críticas, preconceitos e abstinências também é um desafio, conforme explicado por Pereira.

Por isso, considere o estado emocional e psicológico ao modificar os hábitos alimentares. O psicólogo Yuri Busin destaca a necessidade de buscar auxílio profissional para lidar com as dificuldades e angústias decorrentes das mudanças na dieta.

"Olhar para si, se questionar e compreender suas motivações e valores são ótimas premissas para aprender ou continuar a agradar a si e não aos outros, e não se punir", orienta o profissional, ao UOL.

Comer vai além da nutrição, é um reflexo da cultura e identidade. Nossa alimentação reflete crenças e valores, influenciando nossos comportamentos e relações interpessoais. Assim, valorizar a comida como fonte de bem-estar é crucial.

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Fonte: UOL

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“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como aconselhamento médico. Para obter informações fornecidas sobre qualquer condição médica, tratamento ou preocupação de saúde, é essencial consultar um médico especializado.”