Uma greve geral do funcionalismo público em São Paulo está agendada para acontecer na terça-feira (28/11) e é esperado que impacte as atividades escolares e o transporte público da principal metrópole do país.
GREVE GERAL SP: PROFESSORES, METRÔ, CPTM e SABESP DEVEM PARALISAR ATIVIDADES
Sindicatos representando professores da rede estadual paulista, trabalhadores do Metrô, CPTM, Fundação Casa e Sabesp anunciaram uma greve geral do funcionalismo público em São Paulo a partir da meia-noite da próxima terça-feira (28/11).
A greve geral SP em escolas, no transporte público, em unidades destinadas a jovens infratores e no fornecimento de água e esgoto foi agendado como uma manifestação contra as propostas de privatizações defendidas pela administração de Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Eles também manifestam repúdio aos cortes no orçamento estadual da Educação.
GREVE GERAL SP ÚLTIMAS NOTÍCIAS HOJE (26/11): REUNIÃO AGENDADA DEVE DEFINIR OS RUMOS DA GREVE
Uma nova reunião, agendada para as 16h da segunda-feira (27/11), véspera da greve geral em SP, está programada para ocorrer em frente à Câmara de Vereadores da cidade de São Paulo. Nessa ocasião, as categorias devem tomar uma decisão final sobre a greve.
PROVÃO PAULISTA É ADIADO
Com potenciais repercussões nas atividades escolares e no transporte coletivo, a greve geral em SP está programada para coincidir com o primeiro dia do Provão Paulista, um vestibular dedicado a estudantes de escolas públicas que buscam ingressar nas universidades estaduais.
Com isso, a Secretaria da Educação (Seduc-SP) informou que, por conta da paralisação anunciada pelos metroviários, ferroviários e funcionários da Sabesp, o cronograma de aplicação do Provão Paulista será alterado nos 645 municípios de modo a garantir que nenhum aluno seja impactado no dia da avaliação.
Segundo o governo estadual "a pasta lamenta a decisão, mas age para evitar que uma greve abusiva no transporte sobre trilhos da capital prejudique a dezenas de milhares de estudantes."
Os alunos da 3ª série do ensino médio, que fariam o Provão Paulista nos dias 28 e 29, agora participarão nos dias 29 e 30 de novembro, quarta e quinta-feira, respectivamente.
Estudantes da 1ª e 2ª séries, com prova agendada originalmente para os dias 30 de novembro (quinta) e 1º de dezembro (sexta), tiveram os testes transferidos para os dias 1º (sexta) e 4 de dezembro (segunda).
GREVE GERAL EM SP: O QUE DIZEM OS SINDICALISTAS?
As organizações sindicais também demandam a realização de um plebiscito para debater as privatizações e a reintegração dos funcionários demitidos.
“É um absurdo que uma política que vai afetar serviços essenciais como água e o direito de ir e vir não seja discutida com a sociedade”, afirma Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários.
De acordo com a declaração, os trabalhadores do Metrô podem considerar a suspensão da greve se o governo estadual concordar em adotar a medida de "catraca livre" na data agendada.
Na CPTM, a greve geral pode impactar as linhas que não foram concedidas à iniciativa privada. Atualmente, as Linhas 8-Diamante e Linha 9-Esmeralda são operadas pela concessionária Via Mobilidade, cujos trabalhadores não participam da mobilização grevista.
No dia 22 de novembro, o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema) já havia anunciado adesão a greve geral em SP.
“Será um sonoro não às privatizações de Tarcísio de Freitas que ataca trabalhadores e o direito da população à água, ao transporte e à educação públicos”, informa, em comunicado. “Faremos uma mobilização maior que a greve de 3 de outubro.”
Por sua vez, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeosp) promete fazer “um grande ato” na frente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) no dia da greve.
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) planeja realizar um grande ato em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) durante o dia da greve.
O QUE DIZ O GOVERNO SOBRE A GREVE GERAL EM SP?
Em nota divulgada, o governo de São Paulo chama a greve geral de "irresponsável" e "inconsequente", e fala que é motivada por "interesses políticos" e não trabalhistas.
"A paralisação marcada para a próxima terça-feira (28) é motivada por interesses exclusivamente políticos, já que a pauta principal dos sindicatos não é ligada a causas trabalhistas", diz a nota.
"A irresponsabilidade e a inconsequência dos grevistas prejudicam diretamente 1,2 milhão de estudantes inscritos para as provas que começariam justamente no dia 28", alega.
*Com informações de Metrópoles