SUPERLIGA terá 64 clubes, três divisões e substituirá a Champions; entenda formato
Competição volta a ganhar força após decisão favorável no Tribunal Superior da Europa

O Tribunal Superior da Europa decidiu que as regras impostas por Uefa e Fifa que exigem que a criação de novas competições de futebol, como a Superliga, sejam sujeitas às regras das mesmas, são irregulares e configuram um monopólio ilegal, contrariando a legislação da União Europeia.
Apesar de o tribunal ter sido enfático em garantir que a decisão versa sobre as regras de Fifa e Uefa de uma maneira geral e não se configura como uma "aprovação prévia" da realização da Superliga, a decisão foi bastante comemorada pelos apoiadores da ideia.
Tanto isso é verdade, que o SEO da A22 Sports Management, Bernd Reichart empresa europeia de desenvolvimento esportivo e comercial por trás da organização da Superliga, não apenas comemorou a decisão, como já divulgou como serão a organização e formato da Superliga Europeia, confira:
TRÊS DIVISÕES, REBAIXAMENTO E O FIM DA CHAMPIONS LEAGUE
Segundo Reichart, a Superliga Masculina substituiria a Uefa Champions League, e consequentemente Europa League e Conference League, e seria composta por três divisões.
"Star League", que seria a principal divisão com 16 clubes, "Gold League", "divisão de acesso" também com 16 clubes e, por fim, a "Blue League", com 32 clubes e que seria composta de acordo com o desempenho das equipes nas competições nacionais, como Premier League e La Liga.
Nas duas principais ligas, as equipes seriam divididas em dois grupos de oito times, em jogos de ida e volta, com um mínimo de 14 partidas disputas por ano, sempre no meio de semana.
Os oito melhores de cada liga formariam o mata-mata, a partir do que deu-se a entender como as quartas-de-final, que decidiriam os campeões.
A Superliga Feminina contaria com formato semelhante, mas apenas com a "Star League" e a "Gold League", cada qual também composta por 16 equipes.
Ainda segundo a A22, a receita seria garantida nos primeiros três anos com um pagamento mínimo de 400 milhões de euros (R$ 2,1 bilhões), com os "pagamentos de solidariedade" representando 8% da receita da Superliga.
QUAIS OS TIMES QUE FAZEM PARTE DA SUPERLIGA
Anunciado em 2021, o projeto encabeçado por Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, e Andrea Agnelli, da Juventus, contava com 12 clubes (Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Tottenham, Atlético de Madrid, Barcelona, Real Madrid, Milan, Inter de Milão e Juventus).
Sob a argumentação de insatisfação com a gestão das competições europeias por parte da Uefa, sobretudo com o formato e modelo de receitas da Champions League, a iniciativa tinha como objetivo colocar a organização do futebol nas mãos dos clubes.
Com uma série de cláusulas que garantiam "privilégios" aos clubes formadores e ausência de critérios esportivos para criação da competição, a Superliga foi prontamente rechaçada por torcedores em todo o mundo, o que culminou, em conjunto com as ameaças de sanções de Fifa e Uefa, na dissolução quase integral da organização, que hoje conta com apenas Real Madrid, Juventus e Barcelona como apoiadores públicos.