Notícia
É o fato ou acontecimento de interesse jornalístico. Pode ser uma informação nova ou recente. Também diz respeito a uma novidade de uma situação já conhecida.
Nordeste: renda desigual atinge motoristas e entregadores de app
Apesar de ocupar a segunda posição nacional em número de trabalhadores por plataformas digitais, a região tem renda 40% menor e maior risco.
No Nordeste do Brasil, a atuação como entregador ou motorista de aplicativo é caracterizada por um alto risco e um retorno financeiro comparativamente baixo. Dados do IBGE indicam uma significativa disparidade salarial: profissionais da região recebem 40% menos do que em outras partes do país, mesmo com jornadas de trabalho similares. Essa condição posiciona todos os estados nordestinos entre os 10 piores do Brasil em termos de remuneração para a categoria.
Apesar de o Nordeste ocupar a segunda posição nacional em número total de trabalhadores em plataformas digitais, atrás apenas do Sudeste, a remuneração média de R$ 1.535 mensais na região permanece abaixo da média nacional, estimada em R$ 2.592 por mês. Dentro do próprio Nordeste, as remunerações variam: Pernambuco registra a segunda maior média regional, com R$ 1.716 mensais, enquanto o Rio Grande do Norte lidera com R$ 725. O Maranhão apresenta a menor remuneração, com R$ 440 ao mês.
A Realidade da Remuneração no Nordeste
A discrepância de renda é um ponto crítico para os trabalhadores. Rodrigo Lopes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores, Empregados e Autônomos de Moto e Bicicleta por Aplicativo do estado de Pernambuco, afirma que essa diferença é "muito agressiva" e a considera "um crime de xenofobia". A disparidade de 40% impacta diretamente o cotidiano desses profissionais, que, para tentar compensar a baixa remuneração, frequentemente se submetem a jornadas exaustivas de até 16 horas de trabalho todos os dias, como observado na capital pernambucana e em outras cidades da região.
Ausência de Normas e o Papel do Sindicato
Lopes ressalta a ausência de normas e fiscalização por parte do poder público em relação às plataformas digitais. Segundo ele, não há capacitação, orientação ou uma legislação que determine o tempo de trabalho ou um valor mínimo de ganho para esses profissionais.
Diante dessa lacuna regulatória, o sindicato tem assumido um papel ativo na capacitação e conscientização dos trabalhadores de aplicativo, em parceria com empresas e iniciativas filantrópicas. O objetivo é captar incentivos, atrair a categoria e conscientizá-los, buscando, entre outras metas, a redução do alto índice de acidentes.
Acidentes: Um Risco Latente para Motociclistas de Aplicativo
A segurança é uma preocupação constante. Dados da Secretaria Estadual de Saúde revelam um cenário preocupante de acidentes de transporte terrestre envolvendo motocicletas. Em 2024, foram notificados 47.130 acidentes, dos quais 36.015 envolveram motocicletas. O ano de 2025 mantém a tendência: até 12 de agosto, 26.277 acidentes por transporte terrestre foram registrados, sendo 19.771 envolvendo motocicletas, o que corresponde a mais de 75% dos sinistros.
*Texto gerado com auxílio da IA a partir de uma fonte autoral da Rádio Jornal, com edição de jornalistas profissionais