Educação financeira: o desafio brasileiro e as três chaves para sair do sufoco

Especialista explica por que nos endividamos, o impacto da saúde financeira no bem-estar e oferece orientações cruciais para um orçamento equilibrado

Publicado em 31/07/2025 às 10:11
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Coluna é da sua conta: A busca por uma vida financeira saudável é um desafio crescente para muitos brasileiros. Uma pesquisa do Observatório Febraban, Federação Brasileira de Bancos, revelou que no Nordeste, por exemplo, 60% da população afirma saber muito pouco ou nada sobre educação financeira. Mas, será que essa dificuldade é exclusiva da região?

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O Cenário da dificuldade financeira no Brasil e no mundo

Leandro Trajano, personal financeiro e convidado do quadro "É da Sua Conta", destaca que o endividamento não é um problema restrito ao Nordeste ou ao Brasil; é um desafio global. Segundo pesquisas, duas a cada três pessoas no mundo não possuem a chamada educação financeira. Isso significa que falta autonomia para transitar do endividamento para o equilíbrio financeiro, ou do equilíbrio para a poupança. "Essa realidade pesa muito aonde tiver gente lidando com dinheiro, ou seja, em todo lugar", afirma Trajano.

No Brasil, a situação é agravada por fatores como salários defasados e preços altos de itens básicos de alimentação, o que muitas vezes leva o brasileiro a precisar de crédito para suas necessidades ou para realizar sonhos.

A perigosa relação entre crédito e endividamento

O crédito, quando bem utilizado, pode ser uma ponte para a realização de sonhos, como uma viagem, a compra da casa própria ou de um carro.

Pessoas organizadas e disciplinadas conseguem poupar, construindo seus objetivos tijolo por tijolo. No entanto, para muitos, o acesso e o uso do crédito se tornam um problema, especialmente o cartão de crédito.

Leandro Trajano explica que "crédito é confiança". O banco oferece um cartão com a expectativa de que o valor gasto será pago no mês seguinte. O problema surge quando "gente que compra mais do que ganha", ou que não controla as parcelas, transformando o cartão de confiança em uma armadilha.

"O acesso ao crédito e o uso dele quando não é de forma inteligente termina sendo um problema para muita gente, para muito empreendedor, para muitas famílias", alerta o especialista.

O impacto da saúde financeira na vida pessoal e profissional

A falta de controle financeiro vai muito além do bolso apertado. A preocupação constante com as contas adoece a pessoa, impactando diretamente a saúde mental e emocional. A saúde financeira está "muito atrelada, anda muito junto" com o bem-estar psicológico, sendo a causa de muitos problemas.

As consequências podem ser devastadoras: baixa produtividade no trabalho, autoestima comprometida, o fim de relacionamentos, depressão e até mesmo suicídio. Por outro lado, dedicar tempo para entender os gastos, controlar o uso do cartão e tomar iniciativas para cuidar das finanças é essencial.

Uma vida financeira saudável proporciona tranquilidade, permitindo oferecer saúde, educação, lazer, alimentação e segurança para a família. Chegando mais focado e produtivo ao trabalho, isso "é bom pra pessoa, é bom pra família, é bom para tudo", segundo Trajano.

Três passos essenciais para uma vida financeira saudável

Para evitar o adoecimento financeiro e viver com mais tranquilidade, Leandro Trajano oferece três dicas rápidas e essenciais:

  • 1. Gastar menos do que ganha: Parece básico, mas 60% dos brasileiros não conseguem fazer isso. É fundamental identificar onde é possível reduzir despesas para fugir do endividamento.
  • 2. Frear ou esquecer o uso do cartão de crédito: Esta dica é crucial para aqueles que se surpreendem mensalmente com faturas altas, que consomem grande parte do salário e geram dependência.
  • 3. Priorizar as necessidades: No dia a dia, é importante diferenciar desejos de necessidades. O ideal é focar no que é essencial para o cotidiano (dia, semana, mês) para não se enrolar nas próprias pernas e deixar os grandes desejos para trás.

Cuidar da vida financeira é uma questão de bem-estar integral. Ao levar o assunto a sério, é possível evitar não só o aperto no bolso, mas também o adoecimento causado pela preocupação.

*Texto gerado com auxílio da IA a partir de uma fonte autoral da Rádio Jornal

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