Disputa acirrada e cautela com polarização marcam cenário eleitoral em Pernambuco, avalia cientista político
Especialista aponta que direita bolsonarista pode influenciar segundo turno, mas não deve eleger governador no estado

O cientista político Adriano Oliveira afirmou que a eleição para o governo de Pernambuco em 2026 deverá ser marcada por uma disputa acirrada entre a governadora Raquel Lyra (PSD) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB). Segundo ele, a influência do presidente Lula (PT) no estado dependerá do cenário eleitoral próximo ao pleito, e o campo bolsonarista tende a atuar como força auxiliar, mas sem viabilidade de vitória majoritária. A declaração foi dada durante entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal.
Adriano apontou que a disputa entre João Campos (PSB) e governadora Raquel Lyra (PSDB) deverá ser acirrada. O desempenho de ambos na Região Metropolitana do Recife e no Agreste será decisivo.
“Essas duas regiões são estratégicas para ambos os candidatos”, afirmou. Segundo ele, o atual favoritismo apontado em algumas pesquisas pode mudar à medida que a eleição se aproxima e os candidatos intensifiquem suas agendas e articulações.
Palanque e relação com Lula
Sobre a possibilidade de um palanque único em Pernambuco com apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a João Campos, o cientista político apontou diferentes cenários. Caso a vantagem do prefeito sobre Raquel Lyra se mantenha em 2026, Lula pode optar por um único palanque.
No entanto, há a possibilidade de a governadora optar por não ter o PT em sua coligação. “Talvez essa não seja a melhor estratégia, porque João Campos não terá votação pequena no Recife”, salientou.
Oliveira também ponderou que, com a presença de uma candidatura bolsonarista ao governo ou ao Senado, esse campo pode acabar influenciando o resultado: “A direita bolsonarista pode ser responsável por levar a eleição ao segundo turno”.
Impacto das entregas e projeções de imagem
O cientista político também comentou a expectativa de entregas de obras por parte da governadora e os efeitos disso na percepção do eleitorado. Segundo ele, pesquisas qualitativas já indicam avaliação positiva de Raquel Lyra em cidades onde há obras em andamento.
“Se ela entregar uma grande quantidade de obras em diversas cidades, sua avaliação e intenção de voto devem aumentar”, afirmou.
Já João Campos, segundo ele, ainda não se apresentou ao interior do estado. “A imagem que ele tem hoje em Pernambuco é oriunda das redes sociais e do trabalho no Recife. Ainda não levou sua juventude, não falou de futuro”, analisou.
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