De canibal a pastor: Entenda o caminho para assumir Ministério Pastoral por trás das grades

Caso do líder dos "Canibais de Garanhuns" que virou pastor aborda o papel da igreja evangélica no sistema prisional e os requisitos para alcançar

Publicado em 24/07/2025 às 17:34 | Atualizado em 24/07/2025 às 18:59
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A religião, independentemente de qual seja, é frequentemente utilizada como uma válvula de escape para dar forças à população. Mais do que isso, ela pode ser uma alternativa poderosa para alguém mudar de vida. Um exemplo notável que reforça o papel da igreja evangélica dentro dos presídios é o caso de Jorge Beltrão Negro Monte, líder do trio que ficou conhecido como os "Canibais de Garanhuns", que se tornou pastor.

Mas, afinal, como é possível se tornar um pastor e quais são os requisitos para assumir esse cargo de tamanha responsabilidade?

Ouça a matéria em áudio: 

O caminho para se tornar um pastor: fé, estudo e reconhecimento

O processo para se tornar um pastor depende intrinsecamente da igreja à qual o fiel está vinculado. Contudo, é um caminho que geralmente envolve fé, estudo, serviço e reconhecimento dentro da comunidade religiosa.

Para iniciar essa jornada, é fundamental ter uma forte convicção em um chamado para o ministério, além de cumprir os requisitos específicos de cada denominação. O envolvimento ativo na vida da igreja é essencial, com participação em grupos de estudo, voluntariado e serviço à comunidade.

Muitas denominações, como a Igreja Batista, exigem ou recomendam formação teológica em seminários ou faculdades bíblicas. No entanto, a formação teológica, embora seja um recurso valioso, não é o único critério para a avaliação pastoral. Cada denominação possui seus próprios critérios para o reconhecimento pastoral, que podem incluir:

  • Entrevistas
  • Avaliação de caráter
  • Experiência ministerial
  • Aprovação em exames

Na Assembleia de Deus, por exemplo, a progressão ministerial segue uma lógica de subida de cargo até que o fiel consiga ser um pastor. Após a aprovação em todos os critérios, pode haver um ritual de consagração ou ordenação, momento em que o candidato é formalmente reconhecido como pastor. É importante notar que o aprendizado não para por aí; os pastores continuam aprofundando seus conhecimentos sobre a religião ao longo da vida, buscando mentoria e aperfeiçoamento em suas habilidades pastorais.

Religião e ressocialização: uma nova perspectiva para detentos

O caso de Jorge Beltrão Negro Monte, embora chocante pelo histórico criminal, destaca o potencial transformador da religião no contexto prisional. Mesmo tendo que pagar pelo crime realizado, ele pode tentar mudar seu pensamento e sua vida a partir da religião. Este aspecto é particularmente relevante no Brasil, onde penas de morte e de prisão perpétua são proibidas, abrindo espaço para a ressocialização e a busca por um novo caminho para os detentos.

Assim, a transformação religiosa atua como um farol de esperança dentro do sistema carcerário, oferecendo não apenas conforto espiritual, mas também um novo propósito e estrutura para aqueles que buscam reabilitação.

Analogia: O caminho para se tornar um pastor, especialmente para alguém com um passado turbulento como o do "Canibal de Garanhuns", é como a reconstrução de uma ponte danificada. Não basta apenas a intenção de cruzar para o outro lado; é preciso um projeto detalhado (os requisitos denominacionais), materiais resistentes (fé, estudo e serviço), aprovação rigorosa de engenheiros (avaliação e reconhecimento da igreja), e, mesmo após a inauguração, a ponte precisa de manutenção constante (aprendizado contínuo e aperfeiçoamento). O objetivo final é permitir que outros possam atravessar em segurança.

*Texto gerado com auxílio de IA a partir de conteúdo autoral da Rádio Jornal com edição de jornalista profissional

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