Saneamento em PE: RMR e interior em queda alarmante, revela estudo

Estudo do Trata Brasil revela queda alarmante no acesso a água e esgoto em 4 cidades da RMR, além de Petrolina e Caruaru, com baixo investimento.

Publicado em 18/07/2025 às 11:17
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Quatro cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR) estão entre as 20 piores do Brasil em saneamento básico. O dado é do novo estudo do Instituto Trata Brasil, em parceria com a consultoria Go Associados, que analisou os 100 municípios mais populosos do país. Olinda, Recife, Jaboatão dos Guararapes e Paulista apresentam cenário crítico.

Investimento abaixo do necessário

Entre 2019 e 2023, os municípios da RMR com pior desempenho investiram menos de 65% do necessário para universalizar os serviços. A média nacional de investimento nos piores casos foi de apenas R$ 78 por habitante ao ano — quando o ideal seria quase o triplo.

Jaboatão é um dos casos mais graves: apenas 21% da população tem acesso à rede de esgoto. O município figura entre os 10 piores em dois critérios: fornecimento de água e coleta de esgoto.

Queda nos índices em Recife e Olinda

A presidente do Trata Brasil, Luana Pretto, apontou queda acentuada nos serviços:

  • Olinda: o acesso à água caiu de 100% para 88,5%; a coleta de esgoto, de 44% para 37%.
  • Recife: o fornecimento de água passou de 98% para 82%; a coleta de esgoto recuou de 49% para 41%.

Interior também preocupa

Petrolina e Caruaru, no interior de Pernambuco, também registraram quedas expressivas:

  • Petrolina: o acesso à água caiu de 100% para 76,6%; a coleta de esgoto, de 78,4% para 66,8%.
  • Caruaru: a cobertura de água tratada foi de 100% para 95,4%; a coleta de esgoto caiu de 54% para 40%.

Meta: cobertura total até 2033

Atualmente, a Compesa opera o saneamento na RMR em parceria com a BRK. Apesar de o estado ter 86% de cobertura de água, a coleta de esgoto está estagnada em 34%.

No fim de 2024, o governo estadual anunciou um plano para transferir parte dos serviços à iniciativa privada, com promessa de universalização até 2033. O projeto prevê R$ 18,9 bilhões em investimentos ao longo de 35 anos.

A reportagem procurou a Compesa, mas não obteve retorno até o fechamento.

*Texto gerado com auxílio da IA a partir de uma fonte autoral da Rádio Jornal, com edição de jornalistas profissionais

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