Pernambuco fora do top 10 em qualidade de vida no nordeste; Paraíba lidera, aponta estudo
Cidades de Pernambuco têm desempenho mediano no IPS 2025, com destaque negativo em necessidades básicas e falta de políticas integradas.

Uma análise recente do Índice de Progresso Social (IPS Brasil) de 2025 revelou um cenário desafiador para Pernambuco: nenhuma de suas cidades figura entre as 10 melhores em qualidade de vida no Nordeste. Enquanto isso, a Paraíba se sobressai, com quatro municípios no ranking, incluindo Campina Grande em primeiro lugar e João Pessoa na segunda colocação em toda a região.
Os principais centros urbanos pernambucanos apresentaram um desempenho considerado apenas mediano no estudo.
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A realidade de Pernambuco no IPS Brasil 2025
A capital, Recife, obteve uma média de 63,33 pontos dos 100 possíveis, ficando fora do grupo de destaque. O resultado mais preocupante para a cidade foi na dimensão de necessidades humanas básicas, onde alcançou 68,14 pontos. Essa dimensão inclui indicadores cruciais como cobertura vacinal, segurança e acesso a saneamento. O sociólogo Maurício Garcia classificou essa nota como "relativamente fraca".
O cenário de desempenho mediano se repete nos demais municípios mais populosos da Região Metropolitana do Recife (RMR):
- Jaboatão dos Guararapes registrou uma média de 58,52 pontos, com fragilidades evidentes nas necessidades humanas básicas.
- Olinda teve um desempenho ligeiramente melhor, com média de 60,14 pontos nesse critério.
- Paulista se destacou positivamente na região, atingindo 63,19 pontos e uma classificação "relativamente forte".
- Cabo de Santo Agostinho apresentou os piores indicadores entre os municípios mais populosos do Grande Recife, especialmente em necessidades básicas, com apenas 59,83 pontos.
A nível estadual, os dados acendem um alerta para a necessidade de políticas públicas mais integradas e voltadas às pessoas, além de investimentos em saúde, educação e segurança.
O caminho para melhorar: lições da Paraíba
De acordo com o sociólogo Maurício Garcia, o caminho para o desenvolvimento social de verdade passa, necessariamente, pela inclusão social e pela garantia de oportunidades iguais para todos — sem privilégios.
"A gente precisa criar condições para que ninguém fique para trás. Além disso, é essencial considerar a sustentabilidade ambiental e urbanística, que é um dos pontos que mais pesam na construção do Índice de Progresso Social. E ainda estamos muito aquém quando se trata de gestão pública com transparência e participação popular. Esse é um ponto em que precisamos avançar muito." diz Garcia.
A liderança da Paraíba no ranking do Índice de Progresso Social (IPS) evidencia que é possível adotar caminhos mais eficazes na gestão pública. Ainda segundo o Maurício Garcia, o estado reúne boas práticas que podem ser adaptadas por municípios pernambucanos. Em João Pessoa, o programa “Saúde e Movimento” leva atendimento médico por meio de unidades móveis até as comunidades.
Campina Grande investe em educação com ensino fundamental em tempo integral, oferecendo reforço pedagógico, oficinas culturais e alimentação completa. Ainda na capital paraibana, a população participa ativamente das decisões por meio de um orçamento participativo digital, que permite votar pelo celular nas prioridades de investimento da cidade.
O índice de progresso social (IPS Brasil)
O IPS Brasil é uma ferramenta abrangente que avalia a qualidade de vida em todos os 5.570 municípios brasileiros. Ele se baseia em 57 indicadores sociais e ambientais para construir seus rankings e análises. Todos os dados detalhados, mapas e classificações estão disponíveis para consulta no site oficial ipsbrasil.org.br.
*Texto gerado com auxílio da IA a partir de uma fonte autoral da Rádio Jornal