"Somos a 4ª polícia mais antiga do Brasil", diz historiador sobre os 200 anos da PM de Pernambuco
Criada em 1825, a corporação passou por mudanças estruturais, ampliou sua presença no Estado e incorporou novas formas de atuação

A Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) completa em 2025 dois séculos de atuação. A corporação foi criada inicialmente em 1808 sob o nome de Corpo de Polícia, passando por diversas transformações até adotar a atual denominação em junho de 1825.
O surgimento da instituição está diretamente relacionado ao contexto político da época, marcado por instabilidade e movimentos revolucionários, como a Revolução de 1817 e a Confederação do Equador em 1824, que exigiam uma resposta organizada para a manutenção da ordem pública.
Na época de sua fundação oficial, o Recife possuía cerca de 28 mil habitantes, e o efetivo da PMPE contava com pouco mais de 300 policiais, segundo o coronel da reserva e historiador André Carneiro.
“Somos a 4ª polícia mais antiga do Brasil”, afirmou durante debate na Rádio Jornal nesta quinta-feira (26).
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Estrutura
De acordo com o atual comandante-geral da PMPE, coronel Ivanildo Torres, a corporação mantém atuação constante e abrangente em todo o território pernambucano.
“A PM está em todos os locais de Pernambuco sem exceção”, afirmou. O coronel ainda destacou que o papel da Polícia Militar é "puramente social", indo além do que é previsto constitucionalmente. Segundo ele, essa presença faz a importância da corporação no dia a dia, no diálogo com os cidadãos e organizações sociais.
O coronel veterano Luiz Aureliano reforçou sobre a importância do diálogo e da adaptação da polícia às mudanças sociais. “A preocupação é manter a paz social”, destacou.
Ainda de acordo com Ivanildo Torres, há ações internas voltadas ao cuidado com os policiais militares, incluindo os veteranos.
Efetivo policial
Atualmente, o efetivo ativo da PMPE é de aproximadamente 15.700 policiais. No entanto, segundo informações do Portal da Transparência, o número ideal seria de cerca de 27 mil profissionais.
O déficit pressiona a corporação, especialmente em um cenário de aumento populacional e complexificação das dinâmicas urbanas e de segurança.
Segundo o comandante-geral Ivanildo Torres, o concurso atual da PMPE contempla 4.800 vagas para soldados. Desses, 2.400 já estão em formação, com previsão de conclusão até julho ou agosto de 2025. Outros 2.400 foram convocados recentemente para iniciar o curso.
Na formação de oficiais, há 450 aprovados, com 300 já convocados em duas turmas. Uma terceira turma, com os 150 restantes, deve ser chamada ainda este ano. “Estamos com um dos maiores concursos da história, dos 200 anos, em curso”, afirmou o comandante.
A incorporação dos novos policiais ocorre em meio a cobranças por maior presença do Estado nas ruas e em regiões do interior, onde o número de agentes nem sempre acompanha o crescimento da população.
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