Fruta do conde, pinha ou ata: você conhece os benefícios da fruta?

A fruta do conde, também conhecida como ata ou fruta-pinha, é um vegetal bastante popular no Brasil. Ela contém inúmeros benefícios, no entanto alguns cuidados devem ser tomados ao consumi-la.

Seu nome científico é Annona squamosa, e ela, que tem mais de 2 mil espécies espalhadas pelo mundo, vem da mesma família que a graviola. Um dos seus maiores atrativos é o fato de ser rica em vitaminas, proteínas, carboidratos e minerais.

Saiba mais sobre os benefícios da fruta do conde

De acordo com a professora, engenheira de alimentos e nutricionista Aline Sobreira Bezerra, em entrevista ao Diário do Nordeste, a casca da fruta representa cerca de 56% do seu volume total. Além disso, 38,5% é de polpa, e 5,5% são sementes.

A nutricionista explica que há benefícios em toda a planta: desde a polpa, casca e sementes, até às folhas, caule e raízes. Ela é boa para a saúde da pele e cabelos, devido ao seu baixo teor de gordura, além de fortalecer o sistema imunológico.

Valores nutricionais

A cada 100 gramas da ata, é possível encontrar:

Principais componentes

• Água (71.50 g)
• Valor energético (101 kcal)
• Valor energético (423 kJ)
• Proteína (1.7 g)
• Gorduras totais (0.6 g)
• Cinzas (1g)
• Carboidratos (por diferença)(25.2 g)
• Fibra alimentar (2.4 g)

Minerais

• Cálcio (30 mg)
• Ferro (0.71 mg)
• Magnésio (18 mg)
• Fósforo (21 mg)
• Potássio (382 mg)
• Sódio (4 mg)

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Vitaminas

• Vitamina C, ácido ascórbico total (19.2 mg)
• Tiamina (0.08 mg)
• Riboflavina (0.1 mg)
• Niacina (0.5 mg)
• Ácido Pantotênico (0.135 mg)
• Vitamina B6 (0.221 mg)
• Vitamina B12 (0 µg)
• Vitamina A (atividade equivalente de retinol) (2 µg)
• Retinol (0 µg)
• Vitamina A (SI) (33 UI)

Lipídios

• Gorduras saturadas (0.231 g)
• Colesterol (0 mg)

Aminoácidos

• Triptofano (0.007 g)
• Lisina (0.037 g)
• Metionina (0.004 g)

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A pinha é boa para quê?

Melhora o fluxo intestinal: Incluir a pinha na dieta é uma ótima opção para quem sofre com intestino preso, pois a fruta é rica em fibras, que além de saciar a fome, também estimula e regula o sistema digestivo, evitando a prisão de ventre.

Combate a anemia: Por conter bastante vitamina C, ela pode ser bastante benéfica ao ser consumida junto a alimentos ricos em ferro, já que a combinação auxilia a absorção desse mineral pelo organismo.

Fortifica o sistema imunológico: Também devido a vitamina C, a fruta ajuda a combater radicais livres, doenças respiratórias e até dores de cabeça. A vitamina também é capaz de diminuir a pressão alta, segundo estudos recentes.

Revigora os músculos: Devido à presença do magnésio e cálcio, a fruta oferece benefícios também para a saúde muscular, e impede a inflamação nas articulações, como a artrite. Além disso, o cálcio também ajuda a evitar cãibras e fortalecer os ossos.

Melhora a saúde do coração: Por conter bastante potássio, a fruta auxilia na diminuição da pressão sanguínea. E pela abundância de antioxidantes, ela previne o dano celular e o envelhecimento dos tecidos, contribuindo para uma boa saúde cardiovascular.

Melhora a função cerebral: A pinha é rica em tiamina, uma vitamina B que melhora o funcionamento do cérebro e previne a perda de memória relacionada aos avanços da idade. Seus antioxidantes protegem as células cerebrais contra danos.

Além de todos esses, a fruta do conde também auxilia na saúde dos olhos, articulações, previne câncer e auxilia na perda de peso, devido a sua composição nutricional, rica em antioxidantes, minerais e fibras.

Como consumir

A fruta tem um sabor adocicado e é ótima para ser usada em diversos tipos de receitas, como:

• Frapê;
• Sorvete;
• Sucos;
• Geleias e Compotas;
• Drinks tropicais;
• Molhos para carnes, etc.

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Cuidados no consumo da fruta do conde

É preciso ter cautela para não exagerar no consumo da fruta do conde, especialmente por diabéticos, já que, segundo Aline Bezerra, a fruta possui uma boa quantidade de açúcar, principalmente frutose e açúcares redutores.

Além disso, as sementes do fruto, apesar de benéficas ao corpo humano, não podem ser ingeridas por gestantes por possuírem um potencial tóxico e abortivo, de acordo com estudos.

*Com informações do Departamento de Informática em Saúde da UFSP, Diário do Nordeste, Tudo Gostoso e Revista da Fruta.