O reajuste anual nos preços dos medicamentos, autorizado pelo Governo Federal, chegará em abril.
Entenda como será realizado o aumento dos preços e possíveis impactos no bolso dos consumidores.
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Remédios sofrerão reajuste de preço em Abril
O aumento máximo permitido para os medicamentos é determinado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
Ela é responsável pela regulação econômica do mercado de medicamentos no Brasil, e deve ser divulgado no dia 31 de março.
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Preço dos remédios será muito alto?
O novo preço dos medicamentos deverá contar com um aumento de até 4,5% em 2024.
Apesar disso, segundo especialistas do setor e representantes da indústria, poderá ser o menor reajuste desde 2019. Em 2023, o aumento foi mais considerável: 5,6%.
O percentual, porém, não é um aumento automático nos preços, mas uma definição de teto permitido à indústria.
Isso significa que cada farmácia/empresa é livre para cobrar do consumidor o reajuste total no preço do produto ou manter o valor menor, caso queira.
O que não pode acontecer é extrapolar o teto estabelecido pela CMED. A prática é regulamentada pela lei 10.742/2003.
Qual é o motivo do aumento de preços nos medicamentos?
O reajuste dos preços de remédios acontece todos os anos:
A alta/queda do dólar e do preço da matéria-prima e, até mesmo, o comprometimento das linhas de produção são fatores que podem ter contribuir com o reajuste anual dos medicamentos.
Esse reajuste soma-se à correção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS, que é regulado por cada estado.
Sendo assim, ao todo, 11 estados poderão sofrer o reajuste de preço 2 vezes em 2024, prejudicando a experiência dos consumidores.
Dicas para economizar no preço de medicamentos
1- Opte pelos medicamentos genéricos
2- Busque lojas online de confiança em busca de promoções
3- Faça um estoque dos medicamentos que você mais utiliza (Atenção ao prazo de validade!)
*Com informações de GZH Saúde
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Resposta do setor farmacêutico sobre o reajuste nos medicamentos:
Em resposta a GZH, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) diz esperar reajuste máximo de 4,5%.
A entidade argumenta que o setor farmacêutico é o único segmento de bens de consumo da economia brasileira submetido ao controle de preços.
Por isso, apenas uma vez por ano as indústrias farmacêuticas estão autorizadas a reajustar os preços de seus produtos, para compensar os aumentos de custo de produção acumulados nos 12 meses anteriores.
Desse modo, o Sindusfarma afirma que, no "atual modelo de controle de preços de medicamentos, as empresas do setor têm notórias dificuldades para equilibrar suas contas. Na série histórica, o reajuste acumulado de preços de medicamentos está abaixo da inflação geral (IPCA)".
Segundo cálculos do sindicato, de 2014 a 2024, a inflação geral somou 77,5% ante uma variação de preços dos medicamentos de 72,7%.