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PF encontrou presos que fugiram de Mossoró? Veja últimas notícias da busca aos fugitivos

As fugas de Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, ocorreram durante a madrugada da última quarta-feira (14)

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Marcelo Aprígio

Publicado em 16/02/2024 às 10:22 | Atualizado em 16/02/2024 às 10:34
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As equipes encarregadas pelas buscas dos dois fugitivos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte acreditam que estiveram muito perto de capturá-los na madrugada desta sexta-feira (16).

Durante a caçada aos criminosos, os agentes descobriram o que está sendo considerado como o principal rastro deixado até agora pelos fugitivos.

No meio do matagal, na zona rural de Mossoró, foram encontradas pegadas e recolhidas diversas peças de roupa, toalhas e lençóis.

Esses itens, segundo os investigadores, foram roubados de uma casa situada a 7 km do presídio federal e que foi alvo de furto na noite de quarta-feira (14), o mesmo dia da fuga.

Apesar de chegarem perto de prender novamente os criminosos, os presos seguem foragidos. Portanto, não foram encontrados ainda. As informações são do portal g1.

A mobilização inclui 100 agentes da Polícia Federal, 100 da Polícia Rodoviária Federal, 100 das forças policiais locais, além de helicópteros, drones com equipamentos termais e cães farejadores.

Para a força-tarefa encarregada das buscas, todas as indicações sugerem que os dois fugitivos ainda estão na região.

Um raio de 15 km ao redor do presídio está sendo minuciosamente vasculhado. As operações de busca estão agora concentradas na área onde as pegadas e as peças de roupa foram encontradas.

COMO FUGIRAM OS PRESOS DE MOSSORÓ? VEJA DETALHES

As fugas de Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, ocorreram durante a madrugada da última quarta-feira (14), sendo as primeiras registradas no sistema penitenciário federal.

Os detentos conseguiram escapar por volta das 3h17 da manhã, depois de escalarem luminárias que permitiam acesso ao teto do estabelecimento prisional.

“Eles usaram um alicate que certamente estava jogado no canteiro de obras, quando deveria estar trancado, como ocorre em outras reformas de presídios”, explicou na quinta-feira (15) o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

Segundo informações preliminares, uma vez no teto do presídio, eles cortaram a cerca e saltaram para a liberdade, conforme as investigações iniciais.

"Houve uma fuga pela luminária da cela. Ao invés de estar protegida por uma laje de concreto, estava apenas por um trabalho comum de alvenaria. Quando os detentos conseguiram sair pela luminária, eles entraram no shaft, onde estão tubulações, fiações e máquinas e de lá conseguiram alcançar o teto. Não havia nenhuma laje, nenhuma grade, nenhum sistema de proteção”, descreveu o ministro

Diferentemente da penitenciária de Brasília, o presídio de Mossoró não possui uma muralha para conter os detentos.

QUEM SÃO OS FUGITIVOS DE MOSSORÓ?

Conforme informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública, os detentos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, também conhecido como Querubim, Chapa, Cabeça de Martelo ou Martelo; e Deibson Cabral Nascimento, cujos apelidos são Tatu, Deisinho ou Deicinho.

Ambos têm ligação com o Comando Vermelho, uma das principais facções criminosas do Brasil.

Rogério Mendonça, natural de Rio Branco (AC), tem 35 anos e estava detido desde setembro de 2023 na penitenciária de Mossoró.

Já Deibson Nascimento, de 33 anos, também é do Acre e estava na mesma instituição de segurança máxima desde o ano anterior.

De acordo com informações do Ministério Público do Acre, Deibson e Rogério foram transferidos para o Rio Grande do Norte devido à participação em uma rebelião ocorrida no estado do Acre no ano anterior, que se prolongou por mais de 24 horas e resultou na morte de cinco pessoas.

Na referida ação, agentes de segurança foram feitos reféns e acabaram feridos. Fontes ligadas à Justiça do Acre confirmaram que as vítimas fatais eram integrantes de facções rivais, sendo que três delas foram decapitadas.

Os dois fugitivos acumulam penas que totalizam 155 anos, conforme dados do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) e da Polícia Penal do Acre.

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