O Palácio do Planalto foi notificado sobre a iminente paralisação dos transportadores de combustíveis, conhecidos como tanqueiros, em Minas Gerais.
O protesto surge em resposta à decisão do governo de Romeu Zema de antecipar a cobrança do IPVA para janeiro.
A resolução 5.737, que estabelece o início da cobrança do imposto para o primeiro mês de 2024, foi oficialmente publicada em 4 de dezembro.
Diversos setores expressaram descontentamento; além disso, a Fecomércio chegou a encaminhar um ofício solicitando o adiamento do pagamento do IPVA para março. A iniciativa de mobilização está sendo liderada pelo Sinditanque/MG.
Além disso, circula nas redes sociais uma convocação para uma paralisação nacional de caminhoneiros no próximo dia 14, embora não existam sinais de uma coordenação formal por parte da categoria. Antes do dia 8 de janeiro, houve convocações semelhantes, mas nenhuma obteve adesão.
Veja nota emitida pelo Sinditanque/MG:
“Estamos diante de um movimento nacional dos transportadores, que enfrentam verdadeiras batalhas para manterem-se em operação. Apostamos na negociação e no diálogo com as autoridades na busca de soluções para as justas reivindicações do setor. No entanto, diante da intransigência dos governos estaduais e federal, estaremos unidos, firmes e decididos juntamente com os transportadores em caso de paralisações e greves”, afirma o presidente da entidade, Irani Gomes.
O Sindtanque-MG manifestou solidariedade ao movimento dos transportadores rodoviários de cargas, destacando sua oposição às tarifas e tributos considerados excessivos.
Tanqueiros tentam negociação desde 2023
O Sindtanque-MG fez diversas tentativas de negociar com o Governo de Minas o adiamento da taxação do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
Apesar das tentativas de diálogo, o sindicato chegou a ameaçar uma paralisação, mas o governo não atendeu às reivindicações dos trabalhadores do setor.
Na perspectiva da entidade, a cobrança do IPVA em janeiro pode levar ao endividamento daqueles que atuam na área, considerando que é um mês com despesas superiores ao padrão.
De acordo com o presidente, Irani Gomes, as taxas cobradas no IPVA estão elevadas em relação às despesas dos trabalhadores. Dito isso, o setor está passando por muitas turbulências para se manter.
Ainda segundo Irani, a entidade conta com o apoio dos amigos e parceiros para tornar a solidariedade com os trabalhadores unânime.
“Chega de tarifas e tributos abusivos, juros exploratórios e combustíveis a preços exorbitantes. Melhorias nas condições de trabalho para os transportadores rodoviários de cargas do Brasil já! Se necessário, pararemos o Brasil!”, finaliza o presidente.
Esta matéria contém informações da Jovem Pan e Diário do Comercio.