GREVE GERAL SP: ameaça de greve na terça (28) faz governo decretar ponto facultativo em SP
Sindicalistas se reunem na tarde desta segunda (27) para definir os rumo da greve prevista para terça (28); governo decreta ponto facultativo
Os funcionários do Metrô, CPTM e da Sabesp, juntamente com os professores estaduais, têm planos de realizar uma greve geral em São Paulo na terça-feira (28) em forma de protesto contra o governo do Estado de São Paulo.
Os sindicatos se opõem às propostas do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de privatizar empresas e serviços em setores específicos, como transporte, água e saneamento.
“É um absurdo que uma política que vai afetar serviços essenciais como água e o direito de ir e vir não seja discutida com a sociedade”, afirma Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários.
GREVE GERAL EM SP: QUAL A MOTIVAÇÃO?
Além disso, mencionam outras razões para a greve geral em SP, incluindo as demissões de funcionários devido a greves, como os cinco trabalhadores desligados pelo Metrô após a paralisação ocorrida em outubro.
Outro ponto destacado é a potencial redução de investimentos na área da educação. O governo de Tarcísio de Freitas encaminhou um projeto que contempla a possibilidade de diminuir os gastos obrigatórios com educação de 30% para 25% no estado.
Segundo a declaração, os trabalhadores do Metrô podem considerar suspender a greve se o governo estadual concordar em implementar a medida de "catraca livre" na data programada.
Na CPTM, a greve geral pode afetar as linhas que não foram concedidas à iniciativa privada. Atualmente, as Linhas 8-Diamante e Linha 9-Esmeralda são operadas pela concessionária Via Mobilidade, cujos trabalhadores não participam da mobilização grevista.
Em 22 de novembro, o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema) já havia anunciado adesão à greve geral em São Paulo.
“Será um sonoro não às privatizações de Tarcísio de Freitas que ataca trabalhadores e o direito da população à água, ao transporte e à educação públicos”, informa, em comunicado. “Faremos uma mobilização maior que a greve de 3 de outubro.”
Por sua vez, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) promete realizar um "grande ato" em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) durante o dia da greve.
SINDICALISTAS FAZEM ASSEMBLEIA NA TARDE DESTA SEGUNDA (27) PARA DEFINIR OS RUMOS DA GREVE GERAL EM SP
Uma nova assembleia, marcada para as 16h desta segunda-feira (27/11), antecedendo a greve geral em São Paulo, está prevista para acontecer em frente à Câmara de Vereadores da cidade.
Durante esse encontro, as diferentes categorias devem deliberar sobre a decisão final em relação à greve.
PONTO FACULTATIVO GREVE GERAL EM SP
O Governo de São Paulo decretou ponto facultativo em todos os serviços públicos estaduais na capital nesta terça-feira (28), devido à greve geral programada pelos sindicatos dos trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp.
Segundo o governo, a medida visa minimizar os impactos na população, permitindo o reagendamento de consultas, exames e demais serviços previstos para o dia da greve.
As linhas concedidas do metrô e trens, como as Linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda, seguirão operando normalmente.
O decreto oficializando o ponto facultativo será publicado no Diário Oficial do Estado. Serviços de segurança pública, restaurantes e postos móveis do Bom Prato não serão afetados, continuando a oferecer refeições normalmente na terça-feira, de acordo com o governo.
Consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) da capital e em outras unidades de saúde estaduais terão seus reagendamentos garantidos, assim como nos postos do Poupatempo.
PROVÃO PAULISTA É ADIADO
O governo paulista já tinha anunciado que mais de 1,2 milhão de estudantes inscritos no Provão Paulista, cujas provas estavam agendadas para começar amanhã (28), tiveram suas avaliações remarcadas para o dia 29 para evitar prejuízos devido à greve geral.
Profissionais da educação estão excepcionalmente excluídos do ponto facultativo, pois estarão envolvidos na preparação do Provão marcado para o dia 29.
Por ordem judicial, 70% dos trens da CPTM deverão operar nos horários de pico e 50% nos demais períodos, sob pena de multa diária de R$ 30 mil ao sindicato.
O Governo de São Paulo também disse que protocolou um pedido de tutela antecipada na Justiça contra a paralisação dos metroviários.
O pedido do Metrô, ainda aguardando decisão final do judiciário, exige a presença de 100% dos funcionários do sistema de transporte durante os horários de pico e pelo menos 80% no restante do dia.
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Com informações de R7 e Metrópoles